Ex-ministro da Justiça de Dilma Rousseff atuará como consultor para 700 mil atingidos pelo crime da Samarco/Vale.




Julgamento em Londres pode finalmente compensar vítimas de Mariana

Ação judicial em Londres pode trazer justiça para vítimas de Mariana

A Pogust Goodhead, organização que representa 700 mil atingidos, contratou como consultor de direito administrativo, o ex-ministro da Justiça do governo de Dilma Rousseff, José Eduardo Cardozo. Ele acredita que após oito anos de “embromação das mineradoras em se chegar a um acordo”, as vítimas podem finalmente ser compensadas.

Cardozo afirma que a ação na Inglaterra é a alternativa mais rápida e justa para se resolver um problema que se arrasta há anos por conta da inércia das mineradoras. Ele acredita que uma eventual condenação da Vale e BHP na Inglaterra pode enviar um recado à indústria mineradora e cumprir três objetivos importantes – reparar às vítimas, prevenir novos crimes e educar.

De acordo com o advogado, se a impunidade prevalece, o interesse pelo lucro também prevalece, ignorando a prevenção. Cardozo enfatiza a importância de responsabilizar as empresas envolvidas no desastre de Mariana.

O prefeito de Mariana, Celso Cota, afirma que está investindo no fortalecimento da Secretaria de Meio Ambiente e na fiscalização das minas que continuam ativas na cidade. Segundo ele, este foi o legado que o crime, ainda sem fechamento, deixou.

A anglo-australiana BHP enfrenta nos tribunais de Londres a maior ação ambiental coletiva do mundo desde 2018. O julgamento está marcado para outubro, e essa ação traz esperanças para a coordenadora geral do caso, a advogada Cintia Ribeiro de Freitas.

Na porta dos tribunais em Londres, Thatiele Monic Estevão, representante de quatro comunidades quilombolas de Minas Gerais, ressaltou a importância de trazer a história do povo quilombola ao mundo e lutar para serem ouvidos.


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