Festa inicia às 17h e termina às 22h: a nova tendência das baladas em São Paulo







Vida noturna em São Paulo

Nos últimos anos, São Paulo tem testemunhado uma mudança interessante na vida noturna. A pandemia, que nos privou de festas e aglomerações, parece ter influenciado um novo comportamento: sair mais cedo. Com o retorno das baladas, tem sido cada vez mais comum festas que começam no horário do chá da tarde.

A preferência por voltar cedo para casa tem sido evidente em diversas festas na capital paulista. A festa Deck, comandada por DJ Zé Pedro e Johnny Luxo, por exemplo, já anuncia em seu flyer que o término ocorrerá às 22h, um horário muito mais cedo do que estamos acostumados. No Desaniversário, que reúne pessoas com mais de 35 anos em busca de hits dos anos 80 e 90, as luzes se apagam por volta da 1h.

Mas as mudanças não param por aí. Lugares reinaugurados, como o Gaspar, que antes se chamava Paribar, têm atraído centenas de pessoas para festas nas ruas nos fins de semana, criando uma ocupação interessante do espaço público. No entanto, nem tudo são flores: o estabelecimento acabou cercando o local e passou a cobrar ingresso, tirando um pouco do charme e da democracia que a festa proporcionava.

Enquanto algumas festas adotam a política de terminar cedo e se apropriar do espaço público, as baladas clássicas da cidade, como o Madame Satã, continuam com filas na porta. O casarão gótico da Bela Vista ainda arrasta multidões que dançam até altas horas, em pistas tão escuras quanto cavernas, ao som de bandas clássicas e contemporâneas do synth-pop e pós-punk.

Além disso, a cidade de São Paulo se tornou um polo de grandes festivais de música eletrônica, como Dekmantel, Time Warp, DGTL e o Tomorrowland, que retornou ao Brasil após anos de ausência. No entanto, o retorno do evento foi marcado por fortes chuvas que prejudicaram a experiência dos participantes.

Com tantas opções de balada, a vida noturna de São Paulo está cada vez mais atomizada, com festas voltadas para nichos específicos que não se misturam, diferente dos anos anteriores, em que havia clubes referência que atraíam um público diversificado.


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