Governo de São Paulo encerra programa tradicional de Oficinas Culturais, gerando polêmica e críticas no setor artístico





Decisão do governo de São Paulo causa polêmica no setor cultural

A decisão do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos), por meio da Secretaria de Cultura estadual, de encerrar e substituir o programa Oficinas Culturais aprofunda uma crise no setor com artistas e agentes da cultura de São Paulo.

Eles afirmam que foram pegos de surpresa pela medida e que o governo não buscou o diálogo antes de por fim ao programa. O programa, que existe há 38 anos e é sediado no prédio Oficina Cultural Oswald de Andrade, no bairro do Bom Retiro em São Paulo, oferece cursos em diversas áreas artísticas.

A Secretaria de Cultura defende a mudança, caracterizada como uma reformulação, como um resultado de amplo diálogo com diferentes segmentos da indústria criativa. Segundo a secretária da Cultura, Marilia Marton, a mudança não significa o encerramento do programa, mas sim uma oportunidade de resgate e aprimoramento.

As Oficinas Culturais serão substituídas pelo CultSP Pro: Escolas Profissionais e de Empreendedores da Cultura, com foco na formação técnica. Os cursos terão carga horária variada e abordarão áreas como música, artes cênicas e games.

A revogação do contrato com a organização social responsável pela gestão do programa gerou protestos e críticas no setor cultural. Artistas e agentes culturais manifestaram preocupação com a descontinuidade de uma iniciativa histórica e com o impacto que a mudança pode causar no setor.

Além disso, a comunidade artística ressaltou a importância de uma participação mais ativa nas decisões que afetam o setor cultural. O debate em torno da reformulação das Oficinas Culturais reflete um cenário mais amplo de mudanças abruptas em espaços culturais do estado de São Paulo.

Diante disso, a Secretaria de Cultura reforça que as alterações visam aperfeiçoar o programa e oferecer oportunidades de qualificação para os profissionais da área. O novo edital para o CultSP Pro será divulgado em breve, com previsão de início das aulas em agosto.

A polêmica em torno da decisão do governo de São Paulo de reformular as Oficinas Culturais evidencia a importância do diálogo e da participação ativa da comunidade artística na construção de políticas culturais no estado.


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