Governo federal ameaça deputados que assinaram pedido de impeachment contra Lula com consequências políticas e de cargos regionais.






Consequências para quem assinou pedido de impeachment contra Lula

Consequências para quem assinou pedido de impeachment contra Lula

No cenário político atual, membros do governo federal deixaram claro para lideranças da Câmara dos Deputados que aqueles que assinaram o pedido de impeachment contra o presidente Lula (PT), motivado por sua comparação das mortes na Faixa de Gaza ao Holocausto, enfrentarão consequências por parte do Executivo.

O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), comunicou aos líderes da base do governo durante uma reunião ocorrida na última terça-feira (27) sobre as possíveis retaliações aos deputados que endossaram o pedido de impeachment.

De acordo com relatos, os parlamentares que assinaram o pedido e indicaram cargos regionais correm o risco de perder seus postos, além de serem menos atendidos pelo Executivo, o que inclui a destinação de emendas parlamentares.

O pedido de impeachment, protocolado pela deputada Carla Zambelli (PL-SP), conta com aproximadamente 140 assinaturas, incluindo de parlamentares que fazem parte da base de apoio do governo Lula na Câmara.

Adicionalmente, foi divulgada uma lista com os nomes dos deputados da base que subscreveram o pedido, acompanhada de um apelo para que os líderes ajam em uma força-tarefa para retirar esses apoios.

O caminho do impeachment

  • O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), é responsável por analisar os pedidos de impeachment e encaminhá-los, não havendo prazo definido para essa decisão.
  • A denúncia deve passar pela análise de uma comissão especial e depois ser votada pelo plenário da Câmara, sendo necessários pelo menos 342 votos favoráveis para autorizar o Senado a abrir o processo.
  • Iniciado o processo no Senado, o presidente é afastado e substituído pelo vice durante o julgamento. Caso seja condenado por pelo menos 54 senadores, perde o mandato.
  • Nos últimos anos, presidentes eleitos foram alvo de pedidos de impeachment, resultando no afastamento de Fernando Collor (1992) e Dilma Rousseff (2016) após processos.


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