Investigation Reveals High-Level Military Involvement in Plot to Overthrow Brazilian Government.



Jornalismo Investigativo: A Verdade Por Trás dos Planos Golpistas

Recentemente, uma série de eventos relacionados a possíveis tentativas de golpe de estado tem chamado a atenção do público. Muitas teorias surgiram para explicar por que essas tentativas foram evitadas, e uma delas defende que a intervenção de uma “maioria legalista e democrata” nas Forças Armadas foi o fator determinante para impedir a consumação desses planos.

Apesar disso, há contradições nessa versão. Por exemplo, comandantes do Exército e da Aeronáutica, que são agora considerados “legalistas” após serem previamente chamados de “cagões” por Braga Netto, assinaram uma nota em conjunto com um membro da Marinha, na qual faziam ameaças veladas às instituições em defesa da manutenção dos acampamentos golpistas. Além disso, a PF apontou a nota como um fator importante para a manutenção e intensificação das manifestações antidemocráticas. Esse comportamento levanta dúvidas sobre a real motivação por trás das ações e intenções dos comandantes das Forças Armadas.

Também é relevante mencionar a demissão do ex-comandante do Exército, general Júlio César Arruda, após ter defendido os golpistas que se refugiaram no Quartel General do Exército em Brasília após o dia 8 de janeiro. Isso nos leva a questionar se Bolsonaro escolheu um comandante legalista, Marco Antônio Freire Gomes, e Lula um golpista, Arruda.

Outro ponto a considerar é que, historicamente, os golpes não dependem necessariamente do apoio majoritário dos comandantes das Forças Armadas. O golpe supõe um alto grau de risco, suscetibilidade ao acaso e dependência de que aqueles que possam resistir não o façam. O momento mais arriscado do golpe é o da execução, o qual, segundo a teoria maquiaveliana, pode ser tomado por falsos terrores, como mostram os acontecimentos recentes.

Informações encontradas no celular de Mauro Cid sugerem que alguns comandantes estavam dispostos a apoiar um eventual decreto golpista assinado por Bolsonaro. Esses preparativos demonstram a audácia dos golpistas, mas também ressaltam a importância de uma atuação decidida de outros setores das Forças Armadas para impedir tais planos de avançar.

Em suma, a história recente nos mostra que a atuação dos comandantes das Forças Armadas é complexa e cheia de contradições. Ao invés de nos sentirmos aliviados pelo suposto fracasso dos golpistas, devemos analisar de forma crítica as diferentes posturas e ações que moldaram esse cenário.


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