Médico sobrevivente de ataque a tiros no Rio de Janeiro quer representar colegas mortos ao retomar o trabalho.




Sobrevivente de ataque a tiros no Rio de Janeiro quer representar colegas mortos

O ortopedista Daniel Sonnewend Proença, de 32 anos, sobreviveu a um ataque a tiros em um quiosque na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, que resultou na morte de três colegas. Em entrevista ao programa Fantástico, Daniel expressou sua vontade de representar os médicos falecidos quando puder retomar suas atividades profissionais. Ele afirmou: “Quando eu voltar ao cuidado ao próximo, vou fazer representando não só a mim, mas aos quatro que estavam naquela mesa, porque tinham o mesmo padrão de trabalho, de compromisso com o próximo. Seguirei como se eles estivessem lá, com alegria, deixando o clima do centro cirúrgico gostoso, fazendo com que as cirurgias andem bem”.

O ataque ocorreu quando os quatro médicos estavam reunidos em um quiosque planejando projetos futuros. Eles estavam na cidade para participar de um congresso internacional de cirurgia minimamente invasiva do pé e tornozelo. Os médicos falavam sobre o futuro quando foram alvos dos disparos, que duraram apenas 27 segundos.

Daniel, Perseu e Diego estavam no quiosque antes de Marcos se juntar a eles. Eles tiraram uma foto juntos, momentos antes do crime acontecer por volta da 1h da manhã. O médico sobrevivente presenciou a trágica morte dos colegas e descreveu o momento como “uma violência muito grande”.

Daniel, que foi atingido por 17 tiros, teve uma extraordinária reação de médico em relação à sua própria condição. Mesmo gravemente ferido, tentou manter a calma e realizou procedimentos para verificar sua condição física. Até o momento, ele já passou por cinco cirurgias, utiliza uma bolsa de colostomia e faz fisioterapia diariamente.

O médico também expressou sua gratidão por estar vivo e afirmou que quer voltar 100% ao que era antes do ataque. Além disso, mantém contato com as famílias dos colegas falecidos, que torcem por sua recuperação.

A principal linha de investigação aponta que o ataque tenha sido motivado por uma confusão, na qual um dos médicos tenha sido confundido com um acusado de integrar a milícia de Rio das Pedras. Quatro suspeitos de cometer o crime foram encontrados mortos horas após o ataque.


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