Impacto do preço das passagens aéreas na inflação preocupa o ministro da Fazenda
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, expressou preocupação com o impacto dos preços das passagens aéreas sobre a inflação nesta quinta-feira (28). Segundo ele, o componente pressionou o resultado do IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15) de dezembro, que acelerou para 0,40%, ficando acima das previsões do mercado financeiro.
Dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quinta-feira revelaram que o IPCA-15 encerrou 2023 com alta de 4,72% no acumulado de 12 meses.
“O que está nos preocupando em relação ao IPCA é um item: as passagens aéreas. Cresceram nos últimos quatro meses 65%. Já estavam caras quatro meses atrás e agora subiram 65%”, destacou Haddad durante uma coletiva de imprensa para detalhar novas medidas econômicas, como a reoneração gradual da folha de pagamentos.
O ministro também chamou atenção para o fato de que as passagens aéreas não afetam de maneira uniforme toda a sociedade, mas sim quem faz uso desse meio de transporte. Ele ressaltou que, apesar de não saber quanto os 65% representam sobre o IPCA, não é um número a se desconsiderar.
O impacto das passagens aéreas também foi evidenciado nos dados do IPCA-15, com um aumento de 9,02% no subitem passagem aérea, contribuindo com 0,09 ponto percentual no índice do mês.
Em dezembro, 7 dos 9 grupos de produtos e serviços pesquisados no IPCA-15 tiveram alta de preços, sendo a maior variação (0,77%) e o principal impacto (0,16 ponto percentual) provenientes do grupo de transportes.
