Negra Marielle Franco: A palavra e a pessoa que incomodam e inspiram até hoje, seis anos após seu assassinato.




Artigo sobre Marielle Franco

Assassinato de Marielle Franco: um retrato do racismo estrutural

Ainda hoje, a palavra “negra” carrega consigo um peso incomensurável. Em um triste dia de março de 2018, as ruas de São Paulo pulsaram com a marcha em homenagem a Marielle Franco. Uma vereadora negra brutalmente assassinada, cujo crime chocou o país e revelou as entranhas do racismo estrutural que permeia nossa sociedade.

A cobertura midiática inicial do assassinato de Marielle ressaltava sua posição política e filiação partidária, relegando sua negritude a segundo plano. No entanto, para aqueles que sentiram o impacto da notícia de forma visceral, a cor de sua pele era parte indissociável de sua identidade e do motivo pelo qual foi alvo da violência.

O lamento coletivo do povo negro durante as manifestações de protesto evidenciou mais uma vez como a negritude de Marielle a tornava símbolo de resistência contra a corrupção, o racismo e o feminicídio. Movimentos que se dizem “liberais” tentaram difamá-la, mostrando o incômodo que a palavra “negra” ainda causa em nossa sociedade.

O cerco ao termo “negra” é uma forma sutil de negar a existência do racismo, que continua ceifando vidas negras sob o pretexto de outros motivos. Marielle era negra antes mesmo de ser vereadora, e sua morte foi um reflexo da violência estrutural que marginaliza e silencia a população negra.

Seis anos se passaram desde o assassinato de Marielle, e as investigações continuam. Sua imagem sorridente nas comunidades do Rio de Janeiro é um lembrete poderoso de sua origem e de sua luta incansável por justiça e igualdade.

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