Netanyahu promete ‘passagem segura’ aos palestinos, mas a destruição de casas em Gaza continua






Passagem segura

Passagem segura

Em meio a um cenário desolador, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, proferiu palavras que geraram dúvidas e incertezas entre os palestinos. A promessa de oferecer uma “passagem segura” aos palestinos foi recebida com ceticismo e desconfiança. Desde meados de outubro, a população palestina recebeu ordens para seguir em direção ao sul, buscando se proteger dos bombardeios israelenses. No entanto, a realidade vivenciada por eles revela a ausência de locais verdadeiramente seguros em Gaza.

O depoimento de Saleem, um agente de saúde palestino, reflete a angústia e a falta de perspectivas que assolam a região. Ele relatou a sua dificuldade em encontrar um refúgio seguro, questionando: “Para onde vamos agora?”. As fronteiras com o Egito estão fechadas, a entrada em Israel é impossível e as opções se mostram escassas diante da violência que assola a região.

A história de Saleem se entrelaça com a triste realidade enfrentada pela população de Gaza. O ataque israelense resultou na morte de 22 palestinos, incluindo cinco crianças, e na destruição da casa do Dr. Omar Mohammed Harb. Essa tragédia evidencia a dimensão do sofrimento vivenciado pela população palestina, que se vê privada de um lar seguro e estável.

Domicídio

No dia 29 de janeiro de 2024, o relator especial da ONU sobre o direito à moradia adequada, Dr. Balakrishnan Rajagopal, emitiu um contundente ensaio no The New York Times intitulado “Domicídio: a destruição em massa de casas deve ser um crime contra a humanidade”. Esse posicionamento reflete a gravidade da situação enfrentada pelos palestinos que tiveram seus lares devastados pelos bombardeios israelenses.

O relatório destaca a escala massiva de devastação habitacional, equiparando-a a um crime contra a humanidade. Mais de 70 mil unidades habitacionais foram totalmente destruídas em Gaza, e 290 mil foram parcialmente danificadas. A brutalidade dos ataques israelenses tem resultado em uma realidade desoladora, na qual milhares de pessoas se veem privadas de um lar seguro e acolhedor.

Enquanto ouvimos os relatos desoladores, somos confrontados com a urgência de uma ação imediata e efetiva para proteger a população palestina. A reconstrução de Gaza e a garantia de um ambiente seguro e estável para seus habitantes se tornam imperativos diante do cenário de destruição e desespero.


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