Na quarta-feira, oficiais militares realizaram um golpe de Estado logo após o anúncio de que Bongo havia garantido um terceiro mandato nas eleições, encerrando assim o domínio de quase 60 anos de sua família no poder. O presidente deposto foi colocado em prisão domiciliar, enquanto o general Brice Oligui Nguema assumiu a liderança de transição.
O grupo Alternância 2023 está buscando o apoio da comunidade internacional para reverter a situação e garantir um retorno ao regime civil. Representantes do grupo afirmaram que a junta militar não possui legitimidade para governar e que a população tem o direito de escolher livremente seus líderes por meio de eleições justas e transparentes.
A comunidade internacional, por sua vez, tem se manifestado em relação à grave situação política no Gabão. Algumas nações já sinalizaram apoio à preservação da democracia no país africano e expressaram preocupação com a violação dos direitos humanos durante o golpe. Organizações como a União Africana e as Nações Unidas também emitiram declarações condenando a tomada de poder pelos militares e exigindo uma rápida restauração da ordem constitucional.
No entanto, até o momento, as medidas concretas de pressão sobre a junta ainda não foram anunciadas. Ainda assim, acredita-se que sanções econômicas e diplomáticas possam ser adotadas caso a situação se mantenha inalterada.
Enquanto isso, a população do Gabão segue em meio à incerteza e crises políticas. Os protestos contra o golpe estão aumentando e a pressão popular por uma solução pacífica e o restabelecimento da democracia tem crescido. A esperança é de que a comunidade internacional possa agir em conjunto para ajudar o país africano a superar a atual crise política e reconstruir suas instituições democráticas.