Papa Francisco reconhece abuso de freiras e pede mudanças na lei da Igreja em coletiva de imprensa.







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O papa Francisco reconheceu um grave problema dentro da Igreja Católica em 2019. Durante uma coletiva de imprensa na terça-feira, a pesquisadora alemã e ex-freira Doris Reisinger, que foi vítima de abuso sexual e espiritual por um padre, fez um pedido bastante contundente. Ela afirmou que o papa admitiu o abuso de freiras, mas não tomou nenhuma atitude em relação a isso. Para Reisinger, uma mudança na lei da Igreja deveria ser feita para forçar as ordens de freiras a reservar dinheiro para ajudar as irmãs que desistirem. Até que isso aconteça, ela sugeriu que o papa crie um fundo central da Igreja para esse fim.

Falando de uma ordem religiosa feminina específica que foi dissolvida por seu antecessor Bento 16 em 2005, o papa mencionou casos de “escravidão” e “até mesmo de escravidão sexual”. Essa é uma questão extremamente séria, a qual o papa reconheceu publicamente, mas que ainda aguarda por resoluções concretas.

Além disso, Reisinger fez uma denúncia sobre a forma como o tema do aborto é tratado dentro da Igreja. Ela afirmou que nunca ouviu um papa ou bispo reconhecer o aborto coagido pelas mãos de padres, apesar de saber que isso está acontecendo. Segundo ela, a Igreja sempre trata o aborto como uma questão feminina, mas nunca fala sobre padres que forçam abortos.

Diante destas graves acusações, a assessoria de imprensa do Vaticano foi procurada para comentar o assunto, mas não respondeu imediatamente ao pedido de posicionamento. É crucial que a Igreja Católica se posicione diante dessas denúncias e tome as medidas necessárias para lidar com os casos de abuso e coerção denunciados por Reisinger e outros membros da Igreja.


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