Parâmetros como peso, sangue e tamanho cardíaco são determinantes na seleção de receptores para transplantes de órgãos.

Na última semana, entre os dias 19 e 26 de agosto, o Brasil registrou um total de 11 transplantes de coração, sendo que sete deles ocorreram no estado de São Paulo. Essa informação foi divulgada pelo Ministério da Saúde em nota oficial.

O destaque nos meios de comunicação ficou por conta do transplante realizado no apresentador Fausto Corrêa da Silva, mais conhecido como Faustão. De acordo com o Ministério da Saúde, Faustão se enquadrava nos critérios de prioridade “em razão de seu estado muito grave”. A pasta também ressaltou que o apresentador recebeu o novo coração após ser constatada a compatibilidade necessária para o procedimento, assim como os outros sete receptores de transplante.

Segundo especialistas, a determinação do grau de prioridade para o transplante de coração é baseada em diversos critérios clínicos. Por exemplo, se o paciente consegue ser estabilizado apenas com o uso de medicamentos, sua situação é classificada em um grau de prioridade. No entanto, se ele necessitar de um aparelho chamado ECMO, que funciona como um coração artificial, sua prioridade será considerada em um nível diferente.

É importante ressaltar que, caso haja mais de um paciente com as mesmas condições clínicas e necessidade de transplante, a ordem de entrada na lista de espera definirá quem será o próximo a receber o órgão. Ou seja, o tempo na fila de espera funciona como critério de desempate.

Após o caso de Faustão, diversos estados têm registrado um aumento no número de autorizações e doações de órgãos. Esse aumento pode ser reflexo da visibilidade que o assunto ganhou na mídia e do impacto emocional que casos como o do apresentador provocam na população.

O Brasil enfrenta um grande desafio no que diz respeito a transplantes de órgãos. A falta de doadores é um problema recorrente, que muitas vezes impede que pacientes em condição crítica recebam o tratamento adequado. Portanto, é fundamental que a sociedade esteja conscientizada sobre a importância da doação de órgãos e que as autoridades de saúde continuem investindo em políticas públicas que incentivem esse gesto solidário.

Dessa forma, espera-se que, com o aumento na conscientização da população e ações efetivas por parte do governo, seja possível reduzir a fila de espera por transplantes e garantir a vida daqueles que dependem desse procedimento para sobreviver.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo