A quebra da safra de soja do Brasil pode resultar em uma demanda para elevação de grãos levemente menor do que o previsto, mas ainda assim a projeção é de crescimento de 1 milhão de toneladas na comparação com o ano passado.
Se houver algum “soluço” momentâneo com grãos, nada que o açúcar não possa compensar, comentou Neves em entrevista à Reuters, no cais santista, enquanto um navio com mais de 60 mil toneladas de capacidade era carregado com a oleaginosa antes de zarpar com destino à Índia.
“Este ano a gente está vislumbrando que o açúcar possa ter mais demanda do que o inicialmente previsto. E talvez a soja possa ter um pouquinho menos de demanda por elevação do que o previsto. Quando acontece esse tipo de movimento, a gente ajusta a programação no terminal, direcionando mais capacidade para açúcar do que para grãos, e vice-versa”, afirmou ele.
A exportação de açúcar pelo terminal da CLI, o maior para embarques do adoçante do Brasil, com 40% do “share” no porto de Santos, deve passar de 8,1 milhões de toneladas em 2023 para algo entre 9,3 milhões a 9,5 milhões de toneladas, com a companhia de olho em novo recorde na produção na safra de cana 2024/25 do centro-sul, disse Neves.
De grãos, a expectativa é elevar embarques de 5,5 milhões para 6,5 milhões de toneladas.
Com dois berços de atracação, geralmente um para açúcar e outro para grãos, a CLI consegue ter essa flexibilidade, o que “ajuda muito” a trabalhar a plena capacidade durante todo o ano, enquanto recebe até 75% dos produtos via ferrovia, tendo a Rumo como sócia no terminal com 20% de participação no empreendimento.
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