Relator da LDO defende pagamento de passagens aéreas para ministros entre Brasília e seus estados de origem, mesmo sem compromissos oficiais.







Deputado defende pagamento de passagens para ministros

Deputado defende pagamento de passagens para ministros mesmo sem compromissos oficiais

O relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias, deputado federal Danilo Forte (União Brasil-CE), manifestou seu apoio nesta terça-feira (21) ao pagamento de passagens aéreas para ministros entre Brasília e seus estados de origem, mesmo quando não possuírem compromissos oficiais.

O parlamentar indicou que pretende incluir o benefício em seu parecer, atendendo a um pedido do governo. Ele alegou que seria “complicado” obrigar os ministros a arcarem com os custos das passagens, pois eles recebem salários considerados “muito baixos”.

“Isso foi pedido [pelo governo]. Porque sai muito mais caro pela FAB [Força Aérea Brasileira]. Dar passagem daqui de Brasília para qualquer canto do Brasil sai muito mais barato do que pagar um jatinho da FAB para levá-los, pode ter certeza disso”, afirmou o deputado.

Forte também questionou a viabilidade de utilizar os salários dos ministros para cobrir tais despesas, argumentando que os vencimentos são insuficientes. Ele comparou os salários dos ministros com os dos deputados, apontando que os primeiros recebem menos. Atualmente, o salário de um ministro de Estado é de R$ 41.650,92, valor que aumentará para R$ 44.008,52 a partir de fevereiro do próximo ano.

O deputado ressaltou que a alternativa de custear as passagens dos ministros de outra forma poderia induzir a práticas questionáveis, como a criação de eventos fictícios nos estados para justificar o uso das aeronaves da FAB.

A proposta de incluir o benefício na Lei de Diretrizes Orçamentárias foi apresentada pelo líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), com a justificativa de garantir isonomia em relação aos membros do Legislativo e do Judiciário, que já possuem esse tipo de benefício.

O relatório de Forte deve ser apresentado até quinta-feira (23), com a expectativa de iniciar a votação na semana seguinte. O deputado justificou o atraso na entrega do documento alegando que as contas requeriam ajustes.


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