Relatora da CPMI dos Atos Golpistas propõe indiciamento de 61 pessoas
A relatora da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Atos Golpistas, a senadora Eliziane Gama (PSD-MA), apresentou nesta terça-feira (17) o seu parecer final após as investigações realizadas. O documento aponta o indiciamento de 61 pessoas, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), 29 militares e a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP).
Após meses de trabalho intenso, a CPMI concluiu as investigações sobre os atos considerados golpistas que ocorreram nos últimos anos. A relatora enfatizou que a comissão teve como objetivo principal apurar a responsabilidade dos envolvidos e garantir que eventuais crimes fossem devidamente investigados.
No relatório final, Eliziane Gama detalhou as evidências encontradas durante o processo de investigação. Conforme a senadora, as provas colhidas indicam o envolvimento direto dos indiciados em ações que visavam desestabilizar instituições democráticas e ameaçar a ordem constitucional do país.
Além do ex-presidente Jair Bolsonaro, que é apontado como o principal responsável pela articulação e incitação aos atos, outros membros do governo também foram implicados. Entre os indiciados estão ministros de Estado, assessores presidenciais e funcionários graduados das Forças Armadas.
A deputada federal Carla Zambelli também é listada no documento como uma das pessoas que teriam contribuído para a organização e financiamento dos atos. Segundo a CPMI, ela teve um papel ativo na promoção de manifestações e no incentivo a práticas violentas e antidemocráticas.
Ao apresentar o relatório, a relatora destacou a importância de garantir a responsabilização daqueles que tentaram pôr em risco a estabilidade democrática do país. Eliziane Gama ressaltou que a CPMI cumpriu seu papel ao identificar os responsáveis pelos atos golpistas e agora espera que as medidas cabíveis sejam tomadas pelas autoridades competentes.
O parecer final da relatora Eliziane Gama será encaminhado para análise do plenário do Congresso Nacional. Caberá aos parlamentares decidirem quais ações serão adotadas com base nas conclusões apresentadas pela CPMI dos Atos Golpistas.
