Um dos pontos cruciais destacados nos autos é o relato do crime, que ocorreu na residência do casal, onde Maria da Penha foi baleada nas costas enquanto dormia, deixando-a paraplégica, e Viveros foi atingido no ombro direito. No momento do ocorrido, além do casal, estavam presentes as três filhas pequenas do casal e duas empregadas domésticas em um quarto separado. A versão inicial de Viveros, que alegava ter sido vítima de um assalto seguido de agressão, era a mesma sustentada pela Polícia Civil do Ceará. No entanto, os depoimentos das testemunhas e o desenrolar das investigações acabaram por revelar uma outra perspectiva da situação.
A representação que viralizou nas redes sociais, defendendo Viveros como vítima e questionando a veracidade da Lei Maria da Penha, omite os desdobramentos que resultaram na condenação do acusado. Após o início das audiências e a coleta de depoimentos das testemunhas, a versão inicial de Viveros perdeu credibilidade e ele passou de vítima a principal suspeito do crime. Diante disso, a narrativa das redes sociais não reflete a complexidade e as reviravoltas que caracterizam o processo legal.
Todas essas informações demonstram a importância do acesso aos autos do processo para compreender a verdadeira dinâmica do caso e evitar a propagação de informações distorcidas nas redes sociais. A condução das investigações e o desfecho do caso evidenciam a importância do devido processo legal e do amplo contraditório para se chegar à conclusão correta diante de situações tão delicadas quanto a violência doméstica.