Usinas termelétricas serão ativadas para enfrentar crise energética causada pela seca no Norte do país

O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) tomou uma decisão importante para enfrentar a crise hidrológica que afeta parte do Norte do Brasil. Em uma reunião realizada nesta quarta-feira (4), o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) apresentou uma proposta para a entrada em operação das usinas termelétricas nas regiões atingidas pela seca, com o objetivo de garantir a segurança no fornecimento de energia no Acre e em Rondônia.

A grave situação da crise hidrológica nessas regiões levou o CMSE a tomar essa decisão, que visa minimizar os impactos do baixo nível dos rios e a interrupção da produção de energia hidrelétrica. De acordo com o Centro de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, as regiões do Acre, Amapá, Maranhão, Piauí, Bahia, Sergipe, Amazonas e Pará apresentaram os menores índices de chuva entre julho e setembro desde 1980.

A seca tem causado uma série de problemas nas regiões afetadas. Comunidades ribeirinhas estão isoladas, devido ao baixo nível dos rios, que por sua vez levou à morte de peixes e botos. Além disso, a produção de energia hidrelétrica foi interrompida, o que afeta a população local. Estima-se que até 500 mil pessoas serão afetadas pelo fenômeno climático, de acordo com o governo do presidente Lula.

O ONS e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) se comprometeram a viabilizar o início das operações das usinas termelétricas nas regiões afetadas. Para garantir a resiliência do sistema elétrico dos estados do Acre, Amapá e Rondônia diante das mudanças climáticas, a Secretaria Nacional de Transição Energética e Planejamento coordenará estudos de avaliação. O objetivo é manter a capacidade de atendimento eletroenergético diante de futuros cenários de escassez hídrica e cheias extraordinárias.

No Amazonas, onde a geração de energia é principalmente a diesel, o Ministério das Minas e Energia está atuando desde junho para garantir o fornecimento de combustível para as cidades.

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