Violência no Haiti leva Estados Unidos a organizar voo de retirada de cidadãos americanos em meio à crise no país







Jornal – Retirada de Cidadãos Americanos do Haiti

Estados Unidos organizam voo para retirar cidadãos do Haiti em meio à violência

A embaixada dos Estados Unidos no Haiti anunciou neste sábado (16) que será organizado um voo para retirar os cidadãos americanos do país caribenho, diante do aumento da violência na região. O avião partirá de Cabo Haitiano, a segunda maior cidade do país, visto que o aeroporto da capital, Porto Príncipe, encontra-se fechado.

Embora a data e o número de pessoas que serão resgatadas não tenham sido divulgados, a embaixada recomendou que interessados entrem em contato para mais informações. No entanto, alertou que o trajeto de Porto Príncipe até Cabo Haitiano, que possui cerca de 200 quilômetros, é considerado perigoso, orientando que a viagem seja realizada somente se os cidadãos se sentirem seguros até o aeroporto.

A situação no Haiti se deteriorou devido a uma onda de violência por parte de gangues criminosas que exigem a saída do primeiro-ministro, Ariel Henry. O cenário político se complicou desde o assassinato do ex-presidente Jovenel Moïse em 2021, com Henry prometendo renunciar após a escolha de um conselho de transição e um líder temporário.

Essa será a segunda operação dos EUA para proteger seus cidadãos no Haiti em apenas uma semana, demonstrando a instabilidade na região. Com a segurança reforçada na Embaixada dos EUA em Porto Príncipe, funcionários não essenciais já foram retirados anteriormente.

A renúncia de Henry gerou incerteza no país e causou impacto internacional, com países como o Quênia cogitando interromper o envio de ajuda humanitária. A população local enfrenta um cenário caótico, com relatos de crimes graves e deslocamentos em massa.

Violência afeta ajuda humanitária no Haiti

O Unicef relatou que um contêiner com suprimentos vitais para crianças foi saqueado no principal porto do Haiti, prejudicando a assistência humanitária na região. A violência generalizada está causando fome, desnutrição e falta de cuidados básicos de saúde para as mulheres e crianças haitianas.

Com hospitais fechados por questões de segurança e escassez de recursos médicos, a população enfrenta uma crise humanitária agravada pela instabilidade política e violência armada. Medidas de urgência são necessárias para garantir a segurança e bem-estar da população afetada.


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