De acordo com Delgatti, o ex-presidente Jair Bolsonaro ofereceu a ele indulto em troca da invasão da urna eletrônica e de assumir a responsabilidade por um suposto grampo instalado para monitorar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
O ministro Flávio Dino destacou que as informações trazidas no depoimento serão confrontadas pelas autoridades competentes com outros indícios. Desde os eventos que ocorreram na operação da Polícia Rodoviária Federal no segundo turno das eleições e até o dia 8 de janeiro, segundo Dino, tem havido uma progressiva produção de provas e indícios que apontam para práticas ilegais. No entanto, o ministro ressaltou que ainda não é possível antecipar até onde essa investigação irá.
Flávio Dino também participou da primeira reunião dos integrantes do Conselho de Governança da Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (Enccla) nesta quinta-feira. A Enccla tem como objetivo articular e promover ações de combate à corrupção e lavagem de dinheiro no país.
É importante ressaltar que as informações apresentadas são baseadas no depoimento de Walter Delgatti Netto à CPMI e ainda serão objeto de investigação por parte das autoridades competentes. A invasão da urna eletrônica e as supostas práticas ilegais estão sendo tratadas com seriedade pela justiça brasileira, que buscará esclarecer todos os fatos e responsabilizar os envolvidos, caso se comprovem as acusações.
A partir das peças desse quebra-cabeça, aos poucos, é possível que se chegue a um quadro mais completo sobre os atos golpistas ocorridos em janeiro deste ano. O trabalho dos órgãos de segurança e justiça se mostra fundamental nesse processo, garantindo que as investigações ocorram de forma imparcial e transparente. A sociedade espera que a verdade prevaleça e que os responsáveis pelos possíveis crimes sejam devidamente punidos.
