Em Alexandrópolis, a balsa se transformou em um improvisado hospital para abrigar os 65 pacientes, inclusive bebês recém-nascidos, que foram retirados do Hospital Universitário. Além disso, ambulâncias também foram utilizadas para transportar pacientes para longe de uma clínica próxima. As condições nessas instalações improvisadas eram caóticas, com pacientes idosos deitados em colchões no refeitório, paramédicos atendendo outros em macas e uma mulher cuidando de um homem em um sofá, com soro intravenoso preso à sua mão. O enfermeiro Nikos Gioktsidis afirmou que, em seus 27 anos de trabalho, nunca havia presenciado uma situação tão caótica.
Além da evacuação do hospital, várias comunidades próximas à fronteira com a Turquia foram retiradas devido ao alto risco de novos incêndios nos próximos dias. Um corpo queimado, possivelmente de um imigrante, foi encontrado em uma área rural próxima à Alexandrópolis. Segundo o porta-voz do Corpo de Bombeiros, Vassilis Varthakogiannis, as condições climáticas extremas devem prevalecer nos próximos dias.
Na Espanha, onde a maioria do país está em risco extremo ou muito alto de incêndios florestais devido à onda de calor do verão, bombeiros estão lutando para controlar um gigantesco incêndio que já devastou florestas na ilha de Tenerife há uma semana. Esse incêndio já consumiu cerca de 15 mil hectares e forçou a evacuação de milhares de pessoas. A previsão é de que as temperaturas ultrapassem os 40 graus Celsius em grandes áreas da Península Ibérica.
Já na Itália, aproximadamente 700 pessoas foram retiradas de uma ilha toscana chamada Elba após o início de um incêndio na segunda-feira. O fogo está sendo controlado, mas a área é de difícil acesso. Alertas vermelhos de clima quente foram emitidos para 16 das 27 principais cidades italianas, incluindo Roma, Milão e Florença. Na França, quatro regiões do sul também estão sob alerta vermelho, o que permite o cancelamento de eventos e o fechamento de instalações públicas, se necessário.
Em suma, a Grécia, a Espanha, a Itália e outros países do Sul da Europa estão enfrentando uma forte onda de calor, secas e ventos, que têm potencializado o risco de incêndios e dificultado o trabalho dos bombeiros. As autoridades locais estão pedindo aos moradores que evitem o calor extremo e estão tomando medidas de segurança para proteger a população. É necessário um esforço conjunto para lidar com essas condições climáticas cada vez mais extremas, que têm sido associadas às mudanças climáticas.
