Na noite da última sexta-feira (18), um ônibus da frota municipal foi atingido por um disparo de arma de fogo durante um tumulto no entorno da cracolândia, localizada no centro de São Paulo. O incidente ocorreu em meio à lotação de passageiros no coletivo.
O autor dos tiros foi identificado como um policial civil que reagiu a uma tentativa de assalto que estava ocorrendo na avenida Rio Branco, próximo à concentração de dependentes químicos. Vale ressaltar que, no momento dos disparos, ninguém dentro do ônibus foi atingido. As balas acertaram apenas duas pessoas: um suspeito de cometer o assalto, que acabou sendo preso, e um pedestre que foi atingido na perna enquanto caminhava pela via.
O motorista do coletivo, por sua vez, foi ferido durante o tumulto, quando foi atingido por uma pedra. Segundo o Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo, ele é funcionário da empresa Santa Brígida.
O sindicato relata que o incidente provocou pânico entre os passageiros do ônibus, que também foram alvo de ataques com pauladas. Vídeos registrados mostram os passageiros sentados e deitados no chão do veículo, tentando se proteger da violência ao redor.
O ataque armado ao coletivo e a série de incidentes violentos recentes na região, como o latrocínio do porteiro João da Silva Sousa, de 54 anos, e os conflitos entre lojistas da Santa Ifigênia e usuários de drogas, além dos protestos de moradores contra a cracolândia, são motivos de preocupação e evidenciam a necessidade de medidas para restaurar a segurança no local.
Em comunicado, a SPTrans informou que o ônibus, que faz a linha 9501/10 Terminal Cachoeirinha – Largo do Paissandu, teve o vidro traseiro quebrado enquanto seguia no sentido bairro da avenida Rio Branco.
Após o ocorrido, policiais militares foram acionados e a ocorrência foi registrada no 3° Distrito Policial (Campos Elíseos). Segundo a Secretaria da Segurança Pública, dois homens foram presos em flagrante por roubo.
