Na última terça-feira (29), Marcelo da Silva Nunes, ex-diretor financeiro da empresa, compareceu à reunião, no entanto, amparado por um habeas corpus concedido pelo STF, preferiu ficar em silêncio. Já Anna Christina Ramos Saicali, ex-diretora da Americanas, não compareceu e solicitou o adiamento de seu depoimento.
Durante o depoimento realizado pela CPI, o professor de Direito Penal da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Marcelo Costenaro Cavali, explicou aos parlamentares como funcionam as sanções em casos de fraudes contábeis em empresas de capital aberto. De acordo com Cavali, as empresas que operam no mercado de ações devem seguir o caminho da transparência na divulgação de informações.
No início deste ano, o mercado financeiro detectou inconsistências contábeis no valor de R$ 20 bilhões na Americanas. O Ministério Público iniciou uma investigação que aponta a prática do crime de insider trading, ou seja, o uso de informações privilegiadas para obter vantagens no mercado financeiro. Além disso, Cavali indicou indícios de outros crimes, como infidelidade patrimonial e gestão fraudulenta.
Em relação à CPI do MST, nesta terça-feira, a comissão se reuniu para votar requerimentos. A sessão foi bastante tumultuada, com debates acalorados entre governo e oposição, e vários pedidos não foram analisados. O presidente da CPI, deputado Zucco (Republicanos-RS), destacou que, em virtude do fim iminente da CPI, também em 14 de setembro, a atenção da oposição está voltada para a elaboração do relatório final.
O deputado Nilto Tatto (PT-SP) afirmou que a CPI cometeu diversas irregularidades regimentais e existe o risco de que ela termine sem um relatório aprovado.
Portanto, diante dos recentes acontecimentos, a CPI da Americanas avança em suas investigações e busca apurar a veracidade das denúncias.