Contraofensiva de Israel na Faixa de Gaza resulta em mais de 200 mil palestinos deslocados

Cerca de 200 mil palestinos foram obrigados a deixar suas casas e comunidades em meio às consequências da contraofensiva de Israel contra o grupo Hamas na Faixa de Gaza. De acordo com o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (Ocha), esse número representa quase 10% da população de Gaza, que é de aproximadamente 2,2 milhões de habitantes.

A maioria dos deslocados encontrou abrigo em escolas da Unrwa (Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente). A coordenadora humanitária para o território palestino ocupado, Lynn Hastings, ressaltou que a magnitude das hostilidades tem gerado graves consequências humanitárias. Casas, escolas, instalações médicas e outras infraestruturas foram danificadas e destruídas. Além disso, pelo menos duas escolas da Unrwa foram atingidas por ataques aéreos, e espera-se que o número de pessoas afetadas aumente.

As Nações Unidas e seus parceiros humanitários estão trabalhando para atender às necessidades urgentes de abrigo em meio a circunstâncias perigosas. No entanto, o acesso do pessoal humanitário e o fornecimento a Gaza foram cortados, dificultando a prestação de assistência. Lynn Hastings enfatizou a importância de todas as partes envolvidas respeitarem e cumprirem o direito humanitário internacional.

Ela solicitou que todos os grupos militares e armados adotem os princípios de distinção, proporcionalidade e precaução durante suas operações. Além disso, os civis, especialmente as crianças, as instalações médicas, o pessoal humanitário, os profissionais de saúde e os jornalistas devem ser protegidos. Todos os civis capturados devem ser libertados imediata e incondicionalmente, e qualquer pessoa capturada ou detida, incluindo combatentes, deve ser tratada com humanidade e dignidade. É fundamental que os intervenientes relevantes permitam que as equipes e os bens humanitários alcancem as centenas de milhares de pessoas necessitadas.

Até o momento, as autoridades israelenses relataram mais de 900 mortos e 2,7 mil feridos decorrentes da ofensiva do Hamas. No sábado, grupos armados infiltraram-se em Israel por terra, fazendo reféns civis e militares israelenses, enquanto bombardeavam o território israelense. Em resposta, o governo de Israel declarou guerra e começou a atacar Gaza. O Hamas afirma que pelo menos 680 palestinos já morreram e 3.700 foram feridos em resposta à contraofensiva israelense. No entanto, esses números estão em constante atualização.

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