De acordo com o papa Francisco, a guerra é inimiga do diálogo universal. Ele ressalta que, com as facilidades de comunicação disponíveis atualmente, é essencial promover o diálogo em escala global. Ele alerta que, desde o fim da Segunda Guerra Mundial, o mundo tem vivido um cenário de “guerra mundial em pedacinhos”, com conflitos em diversos locais.
A entrevista foi concedida em setembro à presidenta da Télam, Bernarda Llorente, antes do início do conflito entre o grupo Hamas e Israel em outubro. Durante a conversa, o papa destaca que a exploração e o controle territorial são duas das principais origens das guerras. Ele também menciona as ditaduras como promotoras de conflitos, sejam elas declaradas ou não.
O papa Francisco enfatiza ainda a importância das crises na resolução de conflitos. Para ele, as crises são como vozes que indicam o caminho a seguir. Ele destaca que, quando as crises são bem resolvidas, há crescimento, tanto para indivíduos e famílias, como para países e civilizações.
O pontífice também ressalta a importância de não acreditar em um Messias capaz de resolver todos os conflitos. Ele enfatiza que o Messias foi apenas um e salvou a todos, e que é um equívoco buscar soluções externas para os conflitos. Ele defende que é necessário identificar e resolver os conflitos internamente, pois o gerenciamento de conflitos é uma sabedoria essencial para o progresso.
Durante a entrevista, o papa Francisco também condena a exploração do trabalho, alertando que isso leva à escravidão. Ele destaca a importância de garantir a dignidade no trabalho e esclarece que não é comunista, mas segue os princípios do Evangelho.
A entrevista exclusiva do papa Francisco à Télam será transmitida pela TV Brasil a partir das 19h30 deste sábado. Durante a conversa, o pontífice abordou questões fundamentais para a promoção do diálogo, a prevenção de conflitos e o crescimento das nações. É uma oportunidade para os telespectadores conhecerem mais de perto as opiniões do líder religioso sobre assuntos globais e sua visão de mundo.