Diante dos impasses enfrentados no Conselho de Segurança da ONU, alguns países que apoiam o fim do conflito convocaram uma reunião de emergência da Assembleia Geral, onde basta o voto da maioria dos países para aprovar uma resolução. No Conselho de Segurança, potências como Estados Unidos e Rússia têm o poder de veto, o que dificulta a aprovação de medidas.
Durante a reunião, o observador permanente da Palestina na ONU, Riyad Mansour, emocionado, pediu um cessar-fogo imediato. Ele questionou a diferença de tratamento entre as vítimas israelenses e palestinas, destacando o número significativo de mortos do lado palestino. Seu discurso foi interrompido várias vezes por aplausos.
Por outro lado, o representante de Israel, Gilad Erlan, fez um pronunciamento contrário à resolução de cessar-fogo. Ele comparou o Hamas a um câncer e defendeu a erradicação completa do grupo. Erlan afirmou que a missão de Israel é acabar com o Hamas e suas capacidades, utilizando todo o tempo necessário para alcançar esse objetivo. Seu discurso foi acompanhado por uma audiência em silêncio.
O ministro das relações exteriores do Irã, Hossein Amir-Abollahian, também discursou na reunião e ameaçou os Estados Unidos, principal aliado de Israel. Ele afirmou que se o genocídio em Gaza continuar, os EUA não serão poupados da guerra. O Irã considera a expansão do conflito na região como algo indesejável, mas deixa claro que se sente ameaçado e está disposto a retaliar.
Vale ressaltar que mesmo que a resolução seja aprovada pela Assembleia Geral, Israel não é obrigado a segui-la. No entanto, a votação pode refletir o isolamento do país no cenário internacional em relação à guerra.
A reunião da Assembleia Geral continuará até sexta-feira (27), e a expectativa é que haja avanços nas negociações para encontrar uma solução pacífica para o conflito entre Israel e o Hamas. A comunidade internacional vem pressionando por um cessar-fogo imediato, preocupada com a escalada de violência e o elevado número de vítimas civis, principalmente do lado palestino. Resta esperar os desdobramentos dessas discussões e se haverá uma decisão que possa trazer algum alívio para a situação no Oriente Médio.