De acordo com o curador do festival, Uilton de Oliveira, esta é uma das poucas ocasiões em que são debatidos a preservação e a utilização de documentos de arquivo em produções audiovisuais. A programação conta com oficinas, debates e exibição de filmes, tanto presenciais quanto online. Durante as exibições presenciais, serão mostrados longa-metragens que utilizam documentos das mais diversas instituições, tanto nacionais quanto internacionais.
A mostra de filmes ocorrerá na televisão, nos canais UnBTV, Canal Educativo e Canal Gov, sempre às 23h, e também na plataforma de streaming, com produções de cinematecas como a Brasileira, a Pernambucana, a Filmoteca Baiana, entre outras. Segundo o curador, o festival tem como diferencial o foco em peças de arquivo, como filmes e documentos, que são utilizados como fonte para as produções. Além disso, o evento conta com oficinas de preservação e encontros entre pesquisadores.
A valorização da memória do cinema brasileiro e a importância da preservação dos acervos audiovisuais são pontos fundamentais do festival. Os filmes produzidos com esse tipo de material são essenciais para a compreensão das condições políticas, históricas e sociais do passado e do presente. Além disso, esses filmes fazem parte da identidade do povo brasileiro.
O evento ocorre nos jardins do prédio histórico do Arquivo Nacional, localizado na Praça da República, no Rio de Janeiro. A abertura do festival contará com uma mesa de debate sobre Política de digitalização. Durante o festival, serão exibidos filmes recentes do cinema brasileiro que utilizaram arquivos pessoais e públicos como base de suas narrativas.
No Arquivo Nacional de Brasília, a programação inclui filmes que retratam a luta da comunidade LGBTQIA+ por seus direitos e a história de um homem negro preso por engano. Os filmes também serão exibidos em plataformas de streaming e na TV aberta. O festival promoverá ainda um encontro de pesquisadores, que é dedicado ao debate dos profissionais do setor de arquivos.
O Arquivo Nacional é responsável por preservar documentos públicos e privados que representam a história e a cultura do país. O acervo da instituição inclui os papéis originais com a assinatura da Lei Áurea e imagens da construção de Brasília. O conjunto de imagens em movimento do Arquivo Nacional é composto por 40 mil latas de película cinematográfica e 4 mil fitas videomagnéticas, que são utilizadas para pesquisas e produções de filmes e documentários.