Um exemplo disso é a família do produtor rural Dionízio Pereira Fonseca Junior, da comunidade quilombola Candeal II, em Feira de Santana, na Bahia. Antes da chegada do Programa, a família só começou a receber energia elétrica em 2004. A falta de luz elétrica dificultava atividades básicas, como estudar e acessar meios de comunicação, como rádio e TV. Com a energia elétrica, o dia a dia da comunidade foi facilitado.
Além disso, a energia elétrica também trouxe benefícios para a produção local, que tem como principal fonte de renda o plantio e o processamento de farinha de mandioca. Com a chegada da energia, foi possível mecanizar parte do processamento da raiz, aumentando a produção e a diversificação dos produtos derivados da mandioca.
O Programa Luz para Todos já investiu R$ 24,3 bilhões na extensão de rede elétrica, que chegou a 3,6 milhões de lares em 5.437 municípios de 26 estados. Nos próximos anos, o programa dará ênfase na população rural do Norte do país e em regiões remotas da Amazônia Legal, com a meta de beneficiar mais 500 mil famílias até 2026, com um orçamento de R$ 2,5 bilhões aprovado pelo Ministério de Minas e Energia (MME) para 2024.
Os benefícios da energia elétrica vão muito além da iluminação. Com a chegada da eletricidade, as famílias beneficiadas puderam adquirir eletrodomésticos e equipamentos que melhoraram sua qualidade de vida, como televisões, geladeiras, celulares, liquidificadores, máquinas de lavar, chuveiros elétricos e ferros de passar roupa. Além disso, os riscos de incêndios domésticos foram reduzidos, já que as pessoas deixaram de utilizar lamparinas a óleo, querosene ou gases.
Apesar dos desafios logísticos e financeiros, o Programa Luz para Todos tem sido fundamental para proporcionar acesso à energia elétrica a comunidades antes excluídas desse serviço essencial. A expansão da energia elétrica para áreas afastadas representa um investimento significativo, mas necessário para melhorar a vida das pessoas e impulsionar o desenvolvimento dessas regiões.
