“Com o Brasil, estamos determinados a preservar as florestas. Nos próximos três anos, a França dedicará 500 milhões de euros à sua preservação”, afirmou Macron. A declaração veio acompanhada de uma imagem do presidente francês ao lado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em uma reunião bilateral na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2023 (COP28), nos Emirados Árabes.
A divulgação da verba para a Amazônia aconteceu horas depois de Macron ter criticado o acordo Mercosul União Europeia, classificando-o como “incoerente” e afirmando ser “totalmente contra”. O presidente francês argumentou que o acordo não leva em consideração a biodiversidade e o clima, e o classificou como “antiquado” e que desfaz tarifas.
Após a declaração de Macron, o presidente Lula afirmou que o homólogo francês tem o direito de se opor. “A França sempre foi um país mais duro para se fazer acordos, porque a França é mais protecionista”, disse Lula.
Além do anúncio da França, o Reino Unido também divulgou a destinação adicional de 35 milhões de libras, o equivalente a R$ 215 milhões, para o Fundo Amazônia, somando-se aos 80 milhões de libras (R$ 500 milhões) anunciados em maio.
As declarações de Macron e o anúncio do Reino Unido vêm em meio à preocupação internacional com os incêndios na Amazônia e o aumento do desmatamento na região. A preservação da floresta amazônica tem sido uma pauta recorrente em diversos fóruns em todo o mundo e a destinação de verbas por parte de países europeus mostra a importância global desse tema.
