No mesmo mês, o ministro André Mendonça pediu vista do processo, suspendendo o julgamento. Na sessão desta tarde, o julgamento foi retomado com a manifestação de Mendonça, que profere seu voto neste momento. O julgamento é motivado por uma ação de inconstitucionalidade protocolada pelo PCdoB em dezembro do ano passado. Conforme a Lei 13.303/2016, conhecida como Lei das Estatais, é vedada a indicação para o conselho de administração e para a diretoria de estatais de ministros de Estado, secretários estaduais e municipais, e dirigentes de partidos políticos que atuaram, nos últimos 36 meses, como participantes da estrutura decisória de partidos ou em campanhas políticas.
A discussão no STF levanta questões importantes sobre a interferência de políticos e seus aliados na gestão de empresas estatais. O debate ganha destaque em um momento em que a eficiência e a transparência na administração pública são temas centrais. A decisão do Supremo pode influenciar diretamente a forma como as estatais são geridas no Brasil, afetando a nomeação e atuação dos dirigentes dessas empresas.
O voto de Mendonça e a posterior decisão do STF serão fundamentais para definir os rumos da Lei das Estatais e a forma como ela será aplicada. A expectativa é que o julgamento seja marcado por intensos debates e que os argumentos apresentados pelas partes envolvidas sejam considerados de forma cuidadosa e imparcial. A decisão do Supremo terá impacto não apenas na legislação das estatais, mas também na governança e no funcionamento dessas importantes organizações para a economia e o desenvolvimento do país.