O relatório também destaca que pelo menos 155.983 indígenas foram impactados pelos conflitos gerados pela mineração, com mais da metade deles envolvendo garimpeiros. Além disso, os quilombolas estiveram no centro de 35 conflitos, com ao menos 49.268 pessoas afetadas, enquanto outras vítimas incluem ribeirinhos, pescadores, extrativistas, posseiros, geraizeiros e camponeses de fundo de pasto.
A ambição em torno das extrações ilegais de minérios, especialmente os garimpos, esteve por trás de 270 ocorrências em 22 estados, representando 29,1% dos casos documentados. Além disso, os estados que mais concentraram registros foram Pará, Amazonas, Minas Gerais, Mato Grosso e Roraima. O relatório também destaca casos de violência extrema associados ao contexto da mineração, incluindo mortes, trabalho análogo à escravidão, ameaças e trabalho infantil.
Apesar da desigualdade nas forças em disputa, houve reações contra as violações praticadas, incluindo manifestações, cartas públicas, bloqueios de vias, ocupações e ações judiciais. Ainda assim, a situação dos conflitos relacionados à mineração no Brasil é preocupante, especialmente diante da desregulamentação das políticas ambientais e da proposta de abertura de novas áreas para mineração.
Os conflitos envolvendo a mineração não apenas representam um risco para o meio ambiente, mas também resultam em violações de direitos humanos e impactos negativos nas comunidades afetadas. Resta a esperança de que sejam tomadas medidas efetivas para lidar com essa situação e proteger as pessoas e o meio ambiente dos efeitos prejudiciais da atividade minerária.
