De acordo com as investigações, a organização criminosa responsável pela corrupção teria infiltrado nos setores públicos assistenciais no Rio de Janeiro, manipulando licitações e contratos para desviar verbas públicas e realizar o pagamento de propina aos envolvidos, com valores entre 5% e 25% do total dos contratos na área de assistência social, totalizando mais de R$ 70 milhões.
A PF não divulgou se as fraudes ocorreram na prefeitura do Rio ou no governo do estado, enfatizando que as apurações continuam em sigilo. No entanto, em 2019, a operação Catarata, realizada pelo Ministério Público Estadual e Polícia Civil, já havia investigado os mesmos projetos sociais, revelando possíveis fraudes em licitações entre 2013 e 2018.
Na ocasião, as investigações incluíram uma fundação estadual (Leão XIII) de 2015 a 2018, assim como duas secretarias municipais da capital, de 2013 a 2017. Além disso, as autoridades ressaltaram que os investigados direcionavam os projetos para seus redutos eleitorais.
A ação de hoje integra mais um capítulo na saga de corrupção que assola o Rio de Janeiro. As denúncias de desvio de verbas públicas e pagamento de propina em projetos sociais apenas reforçam a necessidade de rigor nas medidas de controle e transparência nos processos licitatórios e contratos com o poder público.
As investigações continuam em andamento, visando responsabilizar os envolvidos e coibir a prática de corrupção e desvio de recursos, a fim de garantir que projetos sociais sejam efetivamente utilizados para o benefício da população mais vulnerável, sem ser alvo de interesses pessoais e eleitorais escusos.