De acordo com as investigações, há indícios de pagamento de propinas em contratos, totalizando mais de R$ 70 milhões, com valores variando entre 5% a 25% do total de cada um deles. Além disso, a PF também apura o direcionamento de recursos para redutos eleitorais. Os projetos sociais supostamente envolvidos no esquema são o Novo Olhar, o Rio Cidadão, o Agente Social e a Qualimóvel.
Os mandados de busca e apreensão foram expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) e endereços ligados a outros dois nomes do governo fluminense também foram alvo da operação. Além disso, estão sendo cumpridas sete medidas de afastamento de sigilo bancário e fiscal, e seis medidas de afastamento de sigilo telemático.
Vale ressaltar que Vinícius Sarciá Rocha é irmão de criação do governador do estado, Cláudio Castro. Cláudio não foi alvo das buscas desta quarta-feira, mas também está sendo investigado pela PF.
Até o momento, o advogado Carlo Luchione, que representa Sarciá, e o governador Cláudio Castro, não se pronunciaram sobre o assunto. A investigação em curso está em andamento e busca esclarecer o envolvimento de Sarciá e outros agentes públicos nos supostos atos de corrupção.
A situação chama atenção para a proximidade familiar entre o presidente do Conselho de Administração da Agerio e o governador do estado, levantando questões sobre possíveis conflitos de interesse e alegações de nepotismo envolvendo a gestão pública.
A sociedade e as autoridades aguardam por desdobramentos e respostas diante das acusações e investigações em curso, visando esclarecer os fatos e, se for o caso, responsabilizar os envolvidos nos supostos atos de corrupção e lavagem de dinheiro nos projetos de assistência social do Rio de Janeiro.