Argentina desiste de aderir ao Brics e envia carta aos países do bloco emergente explicando decisão.

O governo da Argentina anunciou na sexta-feira que enviou cartas aos países membros do Brics expressando sua decisão de não participar do grupo de nações em desenvolvimento. O Brics é composto pelo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. A carta foi assinada pelo presidente Javier Milei, que assumiu o cargo em 10 de dezembro.

A adesão da Argentina ao Brics tinha sido acordada durante uma cúpula do bloco em agosto, em Johanesburgo, África do Sul, quando a Argentina era presidida por Alberto Fernández. Se a Argentina mantivesse sua adesão, teria começado a fazer parte do Brics em 1º de janeiro 2024.

Milei justificou a decisão de não fazer parte do grupo, afirmando que muitos aspectos da política externa atual diferem da administração anterior. No entanto, a carta enviada ao Brasil reiterou o compromisso do governo argentino de fortalecer os laços bilaterais, especialmente no comércio e investimento.

A carta de Milei não foi uma surpresa, já que a futura ministra das Relações Exteriores, Diana Mondino, havia publicado no Twitter que a Argentina não se juntaria ao Brics antes de Milei assumir o cargo.

O Brics foi fundado em 2006 e tem uma população combinada de cerca de 3,2 bilhões de pessoas, com um Produto Interno Bruto (PIB) combinado de US$ 24,7 trilhões. A China tem o segundo maior PIB do mundo, estimado em US$ 17,7 trilhões em 2022, seguida pela Índia, Rússia, Brasil e África do Sul.

Com a recusa da Argentina em fazer parte do grupo, o Brics aceitou a adesão de Egito, Etiópia, Arábia Saudita, Irã e Emirados Árabes Unidos a partir de 2024. O presidente Fernández havia mencionado anteriormente que a Argentina buscava participar do Brics devido à sua importância geopolítica e financeira em um contexto internacional desafiador.

Essa matéria foi feita com base nas informações da agência nacional de notícias da Argentina, a Telam.

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