Ministro da Secretaria-Geral da Presidência abre sindicância para investigar emissão de diárias e passagens para viagem a Aracaju

Na última quinta-feira, o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo, anunciou a abertura de uma sindicância para averiguar a emissão de diárias e passagens autorizadas por seu gabinete para custear a viagem de três servidores da pasta para Aracaju, capital do Sergipe, durante o Pré-Caju, um evento de carnaval fora de época, que ocorreu em novembro do ano passado.

O ministro, que tem sua carreira política estabelecida no estado, afirmou ter ido para o evento em uma agenda particular, custeando seu deslocamento com recursos próprios, durante o fim de semana dos dias 4 e 5. Enquanto isso, os três assessores, Tereza Raquel Gonçalves Ferreira das Chagas, Bruno Fernandes de Alencar da Silva e Yuri Darlan Goes de Almeida, viajaram para o mesmo destino entre os dias 2 e 6 de novembro, com suas despesas pagas pelo governo. Todos ocupam cargos de livre provimento na Secretaria-Geral da Presidência da República.

Em coletiva de imprensa convocada pelo próprio ministro para abordar o caso, Márcio Macêdo admitiu um erro formal em seu gabinete, garantindo que a situação não se repetirá. Ele afirmou ter pago suas passagens em um voo comercial e não ter recebido diárias para o evento. Segundo ele, houve uma confusão em relação ao uso de recursos públicos para a viagem.

De acordo com dados levantados pela Agência Brasil no Portal da Transparência, as diárias e passagens dos três servidores custaram R$ 18.559,27 aos cofres públicos. O motivo da viagem é descrito como “de ordem do ministro de Estado da Secretaria-Geral da Presidência da República, senhor Márcio Macêdo”, em que solicita “gestão para emissão de passagens e diárias” para os três servidores representarem o ministro em uma agenda do Instituto Renascer para a Vida (Revida), uma associação civil.

Questionado sobre se tinha conhecimento e autorizado a viagem dos assessores, Macêdo afirmou não saber que eles teriam ido à cidade em deslocamento oficial pago pelo governo. Ele assegurou que os recursos foram devolvidos aos cofres públicos pelos três servidores da pasta e pretende prestar informações sobre o caso ao Tribunal de Contas da União (TCU).

O ministro espera que o resultado da sindicância indique a adoção de novos procedimentos para a autorização de viagens, sem, no entanto, especificar quais serão esses procedimentos. Ele destacou que tomou essas medidas para evitar prejuízos ao erário e garantir a correção do erro cometido.

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