Projeto de reforma econômica da Argentina, conhecido como “lei ônibus”, tem boa chance de aprovação no Congresso após concessões.

O governo argentino está otimista em relação à aprovação do seu projeto de reforma econômica, conhecido como “lei ônibus”, no Congresso. O presidente Javier Milei tem buscado reformar a economia do país, que enfrenta altos níveis de endividamento, inflação acima de 200% e uma série de controles de capital para proteger a moeda.

Segundo o porta-voz da Presidência, Manuel Adorni, a expectativa é que a lei seja aprovada, sendo que a primeira metade terá o debate iniciado ainda esta semana. O presidente assumiu o cargo em dezembro com a promessa de implementar um plano de austeridade para reduzir o tamanho do Estado e cortar gastos, o que vem sendo bem recebido pelos mercados e investidores. No entanto, o Fundo Monetário Internacional alertou para as dificuldades que virão, incluindo uma contração econômica prevista para este ano.

A “lei ônibus”, parte essencial do plano de reforma de Milei, deverá ser debatida na Câmara dos Deputados nesta quarta-feira, após o governo retirar uma seção fiscal principal em resposta à oposição aos aumentos de impostos e às reformas previdenciárias. Essa concessão foi vista como um passo importante para evitar a rejeição do projeto de lei no Congresso, onde o presidente conta apenas com o apoio da minoria.

A notícia teve impacto nos mercados financeiros, com o índice de ações S&P Merval subindo 1% e os títulos soberanos registrando leve alta. No entanto, o governo ainda enfrenta o desafio de cumprir a promessa de zerar o déficit este ano, ao mesmo tempo em que enfrenta a perspectiva de uma contração econômica estimada em 2,8% pelo FMI.

Enquanto isso, no mercado paralelo, a taxa de câmbio estava acima de 1.200 pesos por dólar nesta terça-feira, longe da taxa oficial de 826 pesos. Nos mercados futuros, o dólar estava sendo negociado a 1.273 pesos no final de junho, refletindo as expectativas de uma queda acentuada.

A situação econômica da Argentina continua atraindo atenção e levantando questionamentos sobre as perspectivas futuras do país. O governo segue empenhado em promover reformas, mas enfrenta desafios significativos à medida que tenta estabilizar a economia e restaurar a confiança dos investidores.

Fica claro que o futuro econômico da Argentina está repleto de incertezas e desafios, mas a determinação do presidente Milei em implementar reformas sugere um compromisso de enfrentar as dificuldades e buscar soluções para os problemas enfrentados pelo país.

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