Ministro da Fazenda afirma que cortes na Taxa Selic dependerão do exterior e projeta crescimento acima de 2% para economia.

Após a série de cortes de juros realizada pelo Banco Central no início deste ano, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a continuidade da queda da Taxa Selic dependerá do comportamento dos Bancos Centrais das economias avançadas. De acordo com Haddad, se os Bancos Centrais começarem a reduzir os juros ainda neste semestre, isso abrirá espaço para novas quedas de taxas no Brasil no segundo semestre. Entretanto, ele ressaltou que são apenas especulações e será necessário avaliar.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central se reúne nesta quarta-feira (31) para decidir o futuro da Taxa Selic, atualmente em 11,75% ao ano. A expectativa é que o Copom promova três reduções até maio, de acordo com a maioria das instituições financeiras.

Além disso, o ministro comentou sobre a alta da Dívida Pública Federal, que encerrou 2023 em R$6,52 trilhões, um aumento de cerca de R$500 bilhões em relação ao ano anterior. Haddad destacou que boa parte desse aumento decorre de ações do governo anterior, incluindo quitação de precatórios e ajuda financeira a estados para compensar a redução do imposto estadual sobre os combustíveis.

Em relação ao déficit primário do Governo Central, que atingiu R$230,54 bilhões, o pior resultado desde 2020, Haddad ressaltou que o déficit cairia para R$138,1 bilhões sem o pagamento de precatórios atrasados.

Quanto ao crescimento econômico, Haddad afirmou que o governo espera um crescimento acima de 2% em 2024, e está confiante de que superará as previsões. Ele destacou que o governo está adotando medidas para melhorar o ambiente de negócios, como o Novo Marco de Garantias, que segundo ele, tem o potencial de mudar o padrão de crédito no país e impulsionar o crescimento.

Os dados preliminares da economia em janeiro foram descritos como “bastante razoáveis” pelo ministro, que demonstrou confiança em um desempenho acima das expectativas para este ano. No entanto, ele não forneceu números específicos. O Fundo Monetário Internacional também elevou a expectativa de crescimento do PIB brasileiro de 1,5% para 1,7% neste ano.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo