Esses povos enfrentam um desafio constante com o garimpo, que tem afetado principalmente a comunidade Wachannha e o Rio Uraricoera. No entanto, os ye’kwana reconheceram a importância da educação como uma ferramenta fundamental para a preservação de seu território. Reinaldo Wadeyuna Rocha, um indígena ye’kwana, é um exemplo disso. Ele se tornou professor após passar pelo magistério e pela Universidade Federal de Roraima, que oferece cursos específicos para indígenas.
Graças a esses esforços, 80% dos indígenas ye’kwana estão alfabetizados. Além disso, a Universidade Federal de Roraima desenvolve há 11 anos um projeto de educação com os ye’kwana, que será expandido para incluir os sanöma, um subgrupo da etnia Yanomami. O programa visa construir uma formação em nível médio e técnico na gestão do território, bem como articular as necessidades territoriais com o ensino fundamental para os sanöma.
A ideia por trás desses esforços vai além da simples educação indígena. Ela busca preservar os conhecimentos tradicionais e a língua ye’kwana, garantindo que a ancestralidade e os ritos sejam mantidos vivos. A intenção é que essas práticas e conhecimentos também sirvam de exemplo para outros povos indígenas.
Em resumo, a Terra Indígena Yanomami é um polo de resistência e preservação, onde os ye’kwana estão se esforçando para garantir a continuidade de sua cultura por meio da educação e do desenvolvimento territorial. Eles enfrentam desafios significativos, mas estão determinados a manter viva a memória de sua ancestralidade e a proteger o território que chamam de lar.