Nesse contexto, a proteção dos direitos das crianças e dos adolescentes se torna uma questão de extrema importância. Segundo Danielle Gimenez, gerente do Programa de Atenção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Violência, vinculado à Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos do Estado do Rio de Janeiro, é essencial promover o diálogo e a conscientização em diversos âmbitos da sociedade, incluindo escolas, grupos religiosos, saúde e, principalmente, no seio familiar.
A Fundação para a Infância e Adolescência do Rio de Janeiro está distribuindo mais de 3,5 mil cartilhas interativas sobre o tema, com o objetivo de ajudar as crianças a identificarem sinais de violência por meio de jogos lúdicos. Essas cartilhas também abordam os direitos e deveres das crianças e adolescentes, e trazem um QRCode para que possam acessar o material de forma interativa, seja pelo computador ou pelo smartphone.
Segundo Gimenez, as crianças negras são as principais vítimas, devido à desigualdade social a que estão sujeitas, o que agrava ainda mais o contexto de risco em que se encontram. “É notório para gente que as crianças negras estão em mais situação de vulnerabilidade. A classe econômica também aparece bastante na nossa estatística: são meninas negras em vulnerabilidade econômica”, afirmou a gerente.
Para denunciar qualquer tipo de violência contra crianças e adolescentes, a população pode ligar para o 190 ou Disque 100. Além disso, é possível fazer a denúncia à Justiça ou ao Conselho Tutelar, a fim de garantir a proteção e o amparo desses jovens em situação de vulnerabilidade. A conscientização e a colaboração de toda a sociedade são fundamentais para que se possa garantir um ambiente seguro e saudável para as crianças e adolescentes.