A presidente do Grupo Editorial Record, Sonia Machado Jardim, destacou a interessante combinação entre a literatura e o Carnaval, duas manifestações culturais tão distintas. Ela ressaltou que é fascinante ver como a tranquilidade da leitura se encontra com a energia, cor, música e movimento da escola de samba. Segundo Sonia, é maravilhoso ver um fenômeno como esse acontecer na Marquês de Sapucaí.
Sonia Machado Jardim também mencionou que é comum as escolas de samba homenagearem autores e personagens de livros em seus enredos. Ela citou o exemplo da escola de samba Grande Rio, que teve como enredo “Nosso destino é ser onça”, inspirado na obra de Alberto Mussa “Meu destino é ser onça: mito tupinambá”.
A editora-executiva responsável pelo livro de Ana Maria Gonçalves, Livia Vianna, afirmou que desde 2017, o título “Um Defeito de Cor” tem ganhado destaque, acompanhando a crescente mobilização do país em torno das questões raciais e da busca por uma história não oficial do Brasil colonizado.
Ao longo de 2023, houve diversas conversas com a Portela para promover o livro. De acordo com Livia Vianna, a autora Ana Maria Gonçalves se aproximou muito da escola e se tornou querida pela comunidade da Portela, participando de eventos, oficinas e clubes de leitura.
A Agência Brasil tentou contatar a autora Ana Maria Gonçalves para comentar o impacto do enredo da Portela nas vendas de seu livro, mas não obteve sucesso.
O sucesso da parceria entre a Portela e o livro “Um Defeito de Cor” evidencia a capacidade do Carnaval de impulsionar e promover a literatura, além de promover importantes reflexões sobre a história e a cultura do Brasil. Este fenômeno é mais uma prova do poder que a arte tem de unir diferentes manifestações culturais e atrair a atenção do público para questões importantes e relevantes para a sociedade.