A agenda do presidente inclui a participação em eventos estratégicos, como a cúpula da União Africana, onde será convidado especial, e a presença em um evento sobre financiamento climático para a agricultura e segurança alimentar. Em relação a isso, é importante ressaltar que os líderes africanos se comprometeram a investir US$ 30 bilhões por ano até 2030 para suprir a lacuna de financiamento em segurança hídrica, além de cobrar da comunidade internacional o compromisso de aplicar US$ 100 bilhões por ano em financiamento climático.
A viagem de Lula também incluiu um encontro bilateral com o primeiro-ministro etíope, Abiy Ahmed, assim como a participação em cerimônias de homenagem aos heróis caídos na Batalha de Adwa e de plantio de mudas de café. Além disso, o presidente planeja possíveis encontros bilaterais com chefes de Estado africanos que estarão presentes em Adis Abeba por ocasião da cúpula da União Africana.
A Etiópia é o segundo país mais populoso da África e a quinta maior economia do continente, com um PIB nominal de US$ 156 bilhões. O país também é membro pleno do BRICS desde janeiro de 2024 e tem parcerias de cooperação bilateral com o Brasil em áreas como manejo de solos ácidos, produção de algodão e alimentação escolar.
A participação de Lula na cúpula da União Africana é vista como um sinal de prestígio e faz parte do processo de relançamento da política externa brasileira para a África. O retorno do presidente ao Brasil está previsto para domingo, onde deverá desembarcar no fim da noite.
A comitiva de Lula inclui ministros e assessores de diversos setores, demonstrando a importância que o governo brasileiro atribui à visita ao continente africano. Com esses esforços diplomáticos, o Brasil reforça sua presença e parcerias estratégicas no contexto global.