Relatório revela execuções sumárias e abusos policiais durante operação Escudo da PM no litoral de São Paulo.

O relatório da Ouvidoria de Polícia de São Paulo e de diversas organizações da sociedade civil revelou graves violações de direitos humanos durante a segunda fase da Operação Escudo no litoral paulista. De acordo com o documento, foram denunciados cinco casos de execução sumária pela Polícia Militar, um caso de tentativa de execução, duas invasões ilegais de domicílio, além de seis relatos de abusos policiais durante abordagens.

As violações ocorreram entre os dias 7 e 9 de fevereiro e foram entregues à Procuradoria Geral de Justiça do Estado na última segunda-feira. O relatório, baseado em depoimentos colhidos em Santos e São Vicente, aponta que a operação na Baixada Santista resultou em 33 civis mortos em alegados confrontos com a polícia.

Entre os casos relatados, destaca-se o de um motorista de aplicativo que presenciou a morte de um passageiro durante uma emboscada da polícia. Após o incidente, o motorista foi ameaçado pelos policiais para manter a versão apresentada por eles, o que causou um trauma profundo no trabalhador, levando-o a parar de exercer sua profissão.

Segundo a Ouvidoria, a Operação Escudo não atingiu seu objetivo de aumentar a sensação de segurança na região e, ao contrário, tem gerado mais vítimas. O presidente do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana de São Paulo, Dimitri Sales, afirmou que a política de segurança pública do estado tem sido um desastre e precisa ser interrompida.

Diversas entidades civis e parlamentares assinam o relatório, que pede o fim imediato da Operação Escudo. A Secretaria de Segurança Pública (SSP) afirmou em nota que as forças de segurança atuam dentro da legalidade e estão disponíveis para apurar quaisquer denúncias.

O caso da Baixada Santista está sendo acompanhado de perto por entidades e autoridades competentes, que buscam garantir que os direitos humanos sejam respeitados e que a segurança pública seja exercida de forma justa e dentro da lei.

As denúncias de violações durante a Operação Escudo são graves e exigem uma resposta imediata das autoridades para assegurar a proteção dos cidadãos e o respeito aos direitos fundamentais de cada indivíduo. A sociedade civil aguarda por medidas concretas para evitar que casos similares voltem a ocorrer no futuro.

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