As violações ocorreram entre os dias 7 e 9 de fevereiro e foram entregues à Procuradoria Geral de Justiça do Estado na última segunda-feira. O relatório, baseado em depoimentos colhidos em Santos e São Vicente, aponta que a operação na Baixada Santista resultou em 33 civis mortos em alegados confrontos com a polícia.
Entre os casos relatados, destaca-se o de um motorista de aplicativo que presenciou a morte de um passageiro durante uma emboscada da polícia. Após o incidente, o motorista foi ameaçado pelos policiais para manter a versão apresentada por eles, o que causou um trauma profundo no trabalhador, levando-o a parar de exercer sua profissão.
Segundo a Ouvidoria, a Operação Escudo não atingiu seu objetivo de aumentar a sensação de segurança na região e, ao contrário, tem gerado mais vítimas. O presidente do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana de São Paulo, Dimitri Sales, afirmou que a política de segurança pública do estado tem sido um desastre e precisa ser interrompida.
Diversas entidades civis e parlamentares assinam o relatório, que pede o fim imediato da Operação Escudo. A Secretaria de Segurança Pública (SSP) afirmou em nota que as forças de segurança atuam dentro da legalidade e estão disponíveis para apurar quaisquer denúncias.
O caso da Baixada Santista está sendo acompanhado de perto por entidades e autoridades competentes, que buscam garantir que os direitos humanos sejam respeitados e que a segurança pública seja exercida de forma justa e dentro da lei.
As denúncias de violações durante a Operação Escudo são graves e exigem uma resposta imediata das autoridades para assegurar a proteção dos cidadãos e o respeito aos direitos fundamentais de cada indivíduo. A sociedade civil aguarda por medidas concretas para evitar que casos similares voltem a ocorrer no futuro.