No entanto, após a instrução da ação penal, a PGR mudou de posição e passou a opinar pela absolvição do réu. A defesa argumentou que o réu, em situação de rua, estava apenas acompanhando uma multidão em direção ao Congresso e não participou de atos violentos. As investigações não foram capazes de comprovar que ele tenha praticado violência durante os protestos.
Até o momento, votaram pela absolvição o relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, e outros ministros como Cristiano Zanin, Cármen Lúcia, Flávio Dino, Dias Toffoli e Luis Roberto Barroso. Todos seguiram o parecer da PGR. O ministro Alexandre de Moraes destacou em sua decisão que não há elementos suficientes para afirmar que o réu tinha a intenção de tomar o poder e destruir as sedes do Três Poderes.
O julgamento está sendo realizado de forma virtual, com os ministros registrando seus votos no sistema do STF. Os demais ministros têm até as 23h59 desta sexta-feira (15) para votar. Além disso, outros 14 réus também estão sendo julgados, com a maioria dos votos indicando condenação, e penas que vão de 11 a 17 anos de prisão, pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, deterioração de patrimônio tombado e associação criminosa.