Segundo a PF, os irmãos Brazão estão ligados a um grupo político que tem interesses em questões fundiárias e está associado a milícias que atuam em áreas no Rio de Janeiro. A polícia destacou que o assassinato de Marielle pode estar relacionado ao posicionamento contrário da vereadora aos interesses desses grupos.
O relatório aponta que os irmãos contrataram serviços para a realização do crime, que também contou com a participação de Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio. Barbosa teria sido o responsável por planejar detalhadamente a execução de Marielle. Os investigadores afirmam que ele estabeleceu um verdadeiro esquema de corrupção dentro da polícia para favorecer grupos criminosos e políticos.
Durante as investigações, a PF analisou provas e depoimentos de ex-policiais para entender os primeiros passos do planejamento do crime. Os encontros entre os envolvidos ocorreram de forma clandestina em locais desertos, evidenciando a natureza criminosa da ação.
A complexa teia de acontecimentos revelada pela investigação da Polícia Federal traz à tona a triste realidade de corrupção e violência que permeia as estruturas políticas e policiais do Rio de Janeiro. A prisão dos irmãos Brazão e de Rivaldo Barbosa, juntamente com outros envolvidos, representa um avanço na busca por justiça no caso Marielle Franco e Anderson Gomes.