A ação conjunta das polícias Federal e Rodoviária Federal resultou na prisão dos foragidos nesta quinta-feira (4) em Marabá. Mendonça e Nascimento haviam fugido da penitenciária em 14 de fevereiro, na Quarta-feira de Cinzas. Este episódio foi inédito no sistema penitenciário federal, que foi criado em 2006 com o objetivo de isolar lideranças de organizações criminosas e presos considerados de alta periculosidade.
As investigações preliminares indicam que os fugitivos utilizaram ferramentas encontradas dentro do presídio durante uma reforma interna para abrir um buraco por onde escaparam de suas celas individuais. Apesar de haver suspeitas de que os detentos tenham recebido ajuda externa para fugir, a corregedoria-geral da Secretaria Nacional de Políticas Penais, do Ministério da Justiça e Segurança Pública, não encontrou indícios de corrupção durante a investigação.
Embora tenham sido identificadas falhas nos procedimentos de segurança da penitenciária, não há evidências de conivência intencional dos servidores para facilitar a fuga dos detentos. Três Processos Administrativos Disciplinares já foram instaurados para aprofundar as investigações, com dez servidores sendo alvos desses procedimentos. Além disso, 17 servidores assinarão Termos de Ajustamento de Conduta se comprometendo a passar por cursos de reciclagem e a não cometer as mesmas falhas no futuro.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, planeja fazer um pronunciamento às 15 horas sobre a prisão dos fugitivos. A recaptura de Mendonça e Nascimento representa um desfecho para esse incidente que gerou repercussão no sistema penitenciário federal. A ação rápida e eficaz das autoridades responsáveis pela prisão dos fugitivos demonstra o comprometimento com a segurança pública e a necessidade de constante vigilância e aprimoramento nos procedimentos carcerários.
