Representantes de Associações de Vítimas do Desastre Ambiental em Maceió Pedem Justiça

Na última terça-feira, em uma audiência da CPI da Braskem, representantes de associações de vítimas do desastre ambiental que afetou 15 bairros de Maceió fizeram um apelo emocionado por justiça. Alexandre Sampaio, presidente da Associação dos Empreendedores e Vítimas da Mineração em Maceió, e Cássio de Araújo Silva, coordenador-geral do Movimento Unificado das Vítimas da Braskem, exigiram que o mapeamento dos danos seja realizado pelas autoridades competentes. Eles criticaram os relatórios feitos por empresas ligadas à mineradora, alegando falta de imparcialidade.

A CPI da Braskem tem como objetivo investigar os impactos da responsabilidade socioambiental da empresa após danos iniciados em 2018. O presidente da comissão, senador Omar Aziz, garantiu empenho na busca por justiça, destacando que o desastre não foi um evento natural, mas sim resultado de ações humanas negligentes.

Alexandre Sampaio solicitou a anulação de acordos previamente estabelecidos com base nos relatórios das empresas investigadas, enquanto Cássio de Araújo Silva questionou a transferência de propriedade do território afetado para a Braskem, além de alertar para os prejuízos sociais e econômicos causados à população local.

Esperança por Justiça e Transparência

Omar Aziz interrompeu temporariamente a reunião da CPI para cumprir outros compromissos, mas reforçou o compromisso da comissão em buscar a verdade e responsabilizar os envolvidos. Cássio de Araújo Silva expressou sua apreensão e ansiedade em relação aos desdobramentos do processo, ressaltando a importância de identificar não apenas os responsáveis pelo desastre geológico, mas também pelas consequências humanas.

Suspensão Temporária

A reunião da CPI foi suspensa por uma hora para a participação do relator em outra atividade. Aguarda-se o retorno dos trabalhos com expectativa por novas revelações e avanços na investigação.

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Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)