Diretor da Braskem admite responsabilidade em afundamento de bairros em Maceió e senador defende mudança na regulação das mineradoras.


Em um depoimento revelador à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), o diretor da Braskem, Marcelo Arantes, assumiu a responsabilidade da empresa no afundamento de bairros em Maceió, capital de Alagoas. A admissão ocorreu durante a sessão realizada na quarta-feira (10), e causou grande impacto nas discussões em torno do caso. A Braskem, uma das principais mineradoras do país, vinha sendo investigada devido aos danos ambientais e urbanos provocados pela extração de sal-gema na região.

A declaração de Arantes trouxe à tona a necessidade urgente de uma revisão no sistema de regulação das empresas mineradoras. Diante das evidências apresentadas na CPI, o senador Rogério Carvalho (PT-SE), relator da comissão, defendeu veementemente a implementação de medidas mais rigorosas e fiscalização mais eficiente para evitar que tragédias como a de Maceió voltem a ocorrer.

A Braskem, por sua vez, comprometeu-se a colaborar com as autoridades e a comunidade local na reparação dos danos causados. A empresa enfrenta agora não apenas questões jurídicas e ambientais, mas também um desafio de imagem perante a opinião pública. A pressão por transparência e responsabilização dos culpados tem crescido, e a empresa terá que se posicionar de forma mais clara e proativa para reconquistar a confiança da sociedade.

O depoimento de Marcelo Arantes marca um capítulo crucial na investigação do caso Braskem e serve de alerta para a necessidade de um controle mais efetivo das atividades das mineradoras em todo o território nacional. Resta agora acompanhar de perto os desdobramentos desse episódio e cobrar das autoridades as medidas necessárias para evitar novos desastres e proteger o meio ambiente e a população local.

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