No ano passado, o Metrofor precisou remover 520 toneladas de lixo e entulho das suas linhas, e mesmo assim, a população continua despejando resíduos de forma inadequada. Móveis quebrados, podas de árvores, lixo doméstico e outros tipos de entulho são comumente encontrados nos terrenos próximos aos trilhos. Além disso, em trechos onde as vias são segregadas, os moradores lançam lixo por cima dos muros e grades de proteção, o que pode causar descarrilamentos ou interrupções nas operações.
O condutor Hygor de Carvalho Vieira, que atua na função há seis anos, relatou que o problema é crônico e que a limpeza realizada pela empresa é constantemente descartada pela população local. Essa situação não apenas afeta a operação dos trens, podendo resultar em descarrilamentos, como também traz outros riscos, como danos aos fios de sinalização e falhas nos sensores, que podem ocasionar congestionamentos e acidentes.
Diante desse cenário, o gerente de Controle e Tráfego Operacional, Antônio Carlos Pereira, alertou para a importância da conscientização da população em relação ao descarte correto de resíduos. Ele destacou que a presença de lixo nas vias aumenta os custos do serviço prestado pelo Metrofor, além de atrair pragas e aumentar o risco de transmissão de doenças.
Em média, o Metrofor retira cerca de 44 toneladas de lixo e entulho por mês das suas cinco linhas de transporte de passageiros sobre trilhos no Ceará. A situação demanda atenção constante dos condutores, que precisam reduzir a velocidade ou parar o trem caso identifiquem riscos. A conscientização da população é fundamental para evitar a sujeira e garantir a segurança e eficiência do transporte ferroviário no estado.
