A proposta do governo é resgatar o formato de atendimento em que os profissionais de saúde vão até as casas das pessoas para verificar a situação de saúde de todos os moradores. Durante essas visitas, são checados itens como cartão de vacinação, pressão arterial de pacientes hipertensos e retirada de medicamentos nas farmácias da região. Essa abordagem também visa fortalecer o vínculo entre os profissionais de saúde e a população atendida.
Uma das principais novidades é a implementação de um novo modelo de financiamento para as equipes de saúde da família. Até 2025, essas equipes poderão receber entre R$ 24 mil e R$ 34 mil, de acordo com o número de pessoas atendidas, o que representa um aumento significativo em relação à média atual de R$ 21 mil. Esse novo sistema de remuneração visa garantir um melhor acompanhamento dos pacientes e uma distribuição mais equitativa da carga de trabalho entre os profissionais de saúde.
Além disso, o Ministério da Saúde anunciou a meta de expandir o número de equipes de saúde da família, equipes de saúde bucal e profissionais de saúde multiprofissionais até 2026, com o objetivo de alcançar uma cobertura de 80% dos atendimentos via Sistema Único de Saúde (SUS). A expectativa é que essa reestruturação traga benefícios tanto para os profissionais de saúde, com uma redução da sobrecarga de trabalho, quanto para a população, com uma maior disponibilidade de consultas e procedimentos.
Em coletiva de imprensa, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, destacou a importância dessa reconstrução da saúde da família para garantir um atendimento de qualidade e acessível a todos. Com medidas como o retorno das visitas domiciliares e o novo modelo de financiamento, o governo pretende promover uma maior humanização e eficiência nos serviços de saúde oferecidos à população.
