Lula fez uma analogia entre a atuação de Padilha e a dinâmica de um casamento, comparando os primeiros meses, de descoberta e promessas, com a fase posterior, de cobranças e adversidades. De maneira bem-humorada, o presidente demonstrou confiança na capacidade de Padilha em lidar com os desafios do cargo. Segundo Lula, tradicionalmente, ministros da articulação política são substituídos a cada seis meses para renovar as promessas feitas, mas ele acredita que Padilha permanecerá no cargo devido à sua competência.
A controvérsia em torno de Padilha se intensificou após críticas públicas feitas por Arthur Lira, que o chamou de desafeto pessoal e incompetente. Lira acusou o ministro de vazar informações que prejudicaram sua imagem, em um momento delicado envolvendo a decisão da Câmara de manter a prisão do deputado Chiquinho Brazão. Padilha, por sua vez, respondeu com serenidade, afirmando não guardar rancor e buscando manter uma relação construtiva com o Congresso Nacional.
Ao longo dos últimos meses, a relação entre Padilha e Lira vinha se deteriorando, com o presidente da Câmara estabelecendo contatos diretos com outros ministros do governo, como Rui Costa, contornando a intermediação do ministro da Secretaria de Relações Institucionais. A crise atual evidencia a complexidade das relações políticas no cenário nacional e a importância da habilidade e resiliência dos agentes envolvidos na articulação entre Executivo e Legislativo.