Durante o evento, também foi lançada a Carta em Defesa das Oficinas Culturais do Estado de São Paulo, com o intuito de revogar o decreto que determinou o fim do programa. A iniciativa contou com o apoio de artistas, ex-secretários municipais e estaduais, intelectuais, atores e líderes de sete partidos políticos, incluindo PT, PSB, PDT, PSOL, PCdoB, PV e Rede Sustentabilidade, além de diversas organizações e movimentos da sociedade civil.
O decreto que extinguiu o programa das Oficinas Culturais foi emitido pela Secretaria Estadual de Cultura, Economia e Indústria Criativas, por meio do Decreto nº 68.405, de 21 de março de 2024. A decisão foi recebida com surpresa e repúdio por parte da comunidade cultural do estado, que enfatizou o impacto negativo que o fechamento das oficinas terá no cenário artístico e econômico de São Paulo.
Para Marco Valadares, membro do coletivo Bom Retiro é o Mundo, a justificativa de reformulação do programa não condiz com a realidade. Segundo ele, as oficinas culturais têm desempenhado um papel fundamental na formação e no acesso à cultura em diversas regiões, valorizando os trabalhadores da cultura e promovendo a diversidade cultural.
As oficinas culturais foram criadas em 1986, durante o governo de Franco Montoro, destacando-se como uma importante fonte de conexão cultural, experimentação artística e formação para todas as idades em centenas de municípios paulistas. Desde então, o programa tem sido essencial na promoção da diversidade cultural e no acesso à arte e à cultura em todo o estado de São Paulo.
É fundamental que a sociedade continue mobilizada em defesa das oficinas culturais e da manutenção de políticas que valorizem e promovam a cultura em São Paulo. A luta pela preservação desses espaços é uma luta por inclusão, diversidade e acesso à arte para todos os cidadãos.
